Kathia Delari
ano: 1981
cidade: umuarama
pecado: preguiça
vício atual: falar com estranhos
ponto fraco: horário
salve-salve: família, amizades,
chocolate, café, milkshake
de ovomaltine, bozo, sapos,
google, cama.

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segunda-feira, fevereiro 06, 2006

A Lenda das Vacas da 7*

“Eu vejo vacas”

Tudo começou numa tarde de sábado, por volta das 14 horas, quando eu voltava do trabalho. Talvez o cansaço físico e mental tenha contribuído para a visão.
Já estava pronta a atravessar a rua para encurtar meu caminho pela praça, quando as vi. Eram em numero de 8 ou mais. Pastavam ali, tranqüilas, cagando e andando pros velhinhos que jogam baralho e dominó nas mesinhas de concreto.
Cheguei em casa apavorando:
- Mãe tem vacas ali na praça....
- Vacas, na praça?
- Sim, e bastante. Umas oito. De onde serão?
- Não sei.
Saí de casa duas horas depois, passei de novo pela praça, elas não estavam lá. Mas se fosse ilusão não seria só de ótica, mas olfativa também. Cheiro de sítio.
Alguns dias depois, na hora do almoço, já da praça eu comecei a sentir o cheiro de sítio, andei mais uma quadra até a minha casa e elas estavam pastando num campinho que tem aqui em frente. Meu pai e minha irmã estavam saindo de casa. Eu apontei e disse: eu vejo vacas!!!
Entrei.
- Mãããeee, as vacas estão aqui na frente.
Meia hora depois a mãe
- Vou ver as vacas.
20 segundos depois.
- Não tem vacas aqui na frente. Elas já foram.
Pensei: eu preciso de foto destas vacas.
Hoje consegui.
Eis:

Na Avenida Rio grande do Norte, entre as ruas Ouro Verde e Cananéia. A uma quadra da praça. (se clicar na foto, ela fica maior)

Perguntei ao meu pai, assíduo freqüentador da praça, de quem são as vacas. Ele disse que não sabe, mas que é ilegal, a prefeitura pode apreendê-las e o dono terá que pagar multa para retirá-las. E como nunca tem ninguém cuidando do rebanho elas podem ser roubadas. Eu já imaginei uma no nosso quintal!!! Mas a sensação visual não é tão interessante a ponto de suportar a olfativa.
Minha mãe arriscou duas possibilidades para o aparecimento dos bovinos
São vacas leiteiras, então temos uma nova modalidade de venda de leite. Leite fresquinho, ordenha na hora e na vista do cliente. Pena que é verão e leite quente não é tão legal nesta época.
São contratadas pelo prefeito para cortar a grama dos canteiros centrais. A desvantagem é que além de cortar elas adubam... Mas eu acho que não é isto, nenhuma delas carregava a logomarca da prefeitura, tampouco o slogan: Vaca ativa. Gente feliz.

Hoje à noite ao passar pela praça não havia vacas, mas uma criança gritava para outra:
- Morreu um homem ali na árvore. Venha ver. Venha.
Eu olhei assustada. Enquanto a criança corria;
Aparentemente nada, mas se eu vejo vaca a menininha podia ver gente morta.
E na afobação continuou:
- Venha, venha ver, nesta árvore aqui, ô, tem flores, venha ver...
Ahn?
Ah, sim, por alguma razão que até então eu desconhecia alguém amarrou rosas vermelhas de plástico ao tronco de uma árvore da Sete.
Eu passo ali umas 20 vezes por semana, no mínimo, das quais umas 3 eu deva olhar para as flores e pensar: quem as terá colocado ali. Agora só preciso saber quem é a viúva.

Mas então, Ness tem o mostro, o Barigui tem o jacaré, e a sete tem, vacas e flores de plástico vermelhas.

* Com a colaboração de M_Riva, Fabio Gardim e Cida Delari.

Kathia 12:51 AM

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